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Fantasma

by Varney

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1.
Fantasma 02:30
01. FANTASMA vestindo o tempo que me falta parti do senso que me explora estrada avante só pra longe daqui se é corpo ou é mente que me falta sou só na verdade que me explora não há ninguém que me conheça aqui eu, sobre as letras que devo é sobre o tempo que não dá mais é sobre o corte que se desfaz eu sei eu sou eu sei eu, sobre o beijo que vejo é sobre o tempo que não dá mais um fantasma que me atrai eu sei eu sou eu sei
2.
02. PRA NUNCA MAIS LEMBRAR se a luz do poste enxergar alguém além do que há pra ver anseio por num apagar na cidade o céu não tema então acender são poços fechados de onde escutam deus são mundos opacos de corpos em seus museus não saiba quem fui, eu quero ser só mais uma história pra ninguém mais lembrar se é vento que tenta ser é o tempo que diz o não lamento ter que entender os passos são estrada em vão sem direção
3.
Grão 03:46
03. GRÃO vôo para onde eu nem sei caio a queda que já sonhei Me deixe sóbrio para ver o dia Que nasce depois de toda essa vida O rio que corre e não tem direção Que morre no leito e se enterra no chão O que eu sou, o que eu já fui Eu confundi com o nada Me deixe lúcido pra sentir o frio Que mora depois de todo esse vazio As penas se soltam, voar não dá mais O medo e o abismo, antigos rivais
4.
Cinza 04:56
04. CINZA Abrem portas que eu não sei fechar Mostram céus que eu não quero voar Sem verdades ou mentiras pra sonhar Eu nem sei mais quem eu quero copiar se o gosto do "certo" é tão cinza assim não há tempo a perder em mim se a cor do paraíso é amarga assim não há tempo a perder em mim não há onde morar sem teto pra tapar não há onde morar nesse céu sem fim traçam retas onde temos que seguir "Passos tortos não podem existir" pés descalços vão pra outra direção seguem o foco do meu campo de visão deixe-me voltar - há uma mira em cada olhar deixe-me cortar - há um sonho em cada mar deixe-me sangrar - sou de pedra, sou sem lar
5.
Medo e sal 04:02
05. MEDO E SAL fomos feitos em medo e sal em meio às nuvens de um carnaval estamos sós em um velho mar velas quebradas, sem velejar e esse abismo que se abre em nós é o medo só porque somos sós e esse vento que sopra demais é o que já fomos não somos mais eu sei o que eu vou ser - eu sei o que é você e se é o medo que se forma entre essa guerra e paz é o escuro do vazio quem sempre me traz somos sede ao navegar perdidos sós onde não há ar estamos presos na solidão vivendo juntos na multidão
6.
Nada 03:38
06. NADA sonhos cinzas pra lembrar e a verdade que nunca mais irá calar sozinho, nadando em gente dizendo que você nunca mais irá sonhar nada mais importa agora nada que eu possa de verdade me importar tudo o que eu sou, não lembro algo que eu possa talvez me encontrar na verdade, tudo o que eu já sei não vai mudar você de verdade, tudo o que eu não sei é nada pra você eu sei o que é estar sozinho eu sei o que é estar onde não se quer estar e tudo o que eu tenho agora é uma verdade que talvez possa me salvar
7.
Sol 05:07
07. SOL nem tudo o que existe já é seu já fomos pra longe, o mundo esqueceu eu não sei escrever, eu não sei tocar e mesmo assim tudo o que eu sou é o que eu não sei tanto tempo faz que não há mais mentiras ao tentar seguir em paz nós somos o passado, somos pó se tanto tempo jaz em nosso sol essas melodias não são minhas dedos em acordes que não são lugar algum e se mesmo assim sem saber você me ouvir saiba que sou só meu sol em si
8.
Desertos 04:35
08. DESERTOS são só dois a dois passos do nada e o que já são: uma ilusão errada estão a sós em muitos sóis, no zero só desertos só desertos são só pó nos entrenós dos átomos uma miragem, uma saudade: intactos são um leito de um sexo exato são desertos são desertos e o que vai dizer quando descobrir? há desertos em nós - sem lugar pra ir e o que vão sentir quando o céu abrir só miragens só miragens escrito no peito: verdade há desertos em nós: de saudade escrito no tempo: verdade em um deserto longe daqui que não aqui
9.
Deus Eu 03:49
09. DEUS EU Eu me pendurei mais uma vez em tudo aquilo que eu já fui e só pensei em sobreviver Eu me escondi na sua pele me menti em tudo o que eu sou só pra ver se há alguma dor “é o que eu já sei é o que eu já sei é o que eu já sei é o que eu já sei!” Eu sofri no que eu sabia ser Corri de mim até você Deixei de olhar pra dentro de nós dois Eu ergui muros ao redor Nossas peles em um só Corpo e alma sangue e pó “é o que eu já sei é o que eu já sei é o que eu já sei é o que eu já sei!” dentro do que eu achei certo existir não há nem eu nem você pra poder sentir o que eu sou o que eu sei já não vai importar
10.
Corpo 05:19
10. CORPO Verso sangra a sede que eu herdei sabe a mentira que eu contei cede ao sono que eu já sei o corpo fantasma de meu próprio eu tempestade de quem se perdeu um sonho só do que é meu sexo lábios tornam-se só pó em gotas de uma chuva só passado e presente a sós deixe-me voltar - há uma mira em cada olhar deixe-me cortar - há um sonho em cada mar deixe-me sangrar - sou de pedra, sou sem lar deixe-me sonhar - sou sua perda, seu lembrar
11.
Saudade 03:06
11. SAUDADE Se o que eu sou me falta Eu sei qual é a resposta É o que eu sei, É o que eu sou, É o que eu sei Bem longe daqui, deixei de existir… deixei de saber Mesmo um tempo fora Ninguém sente a demora Hoje nem sei pra onde eu vou, de onde eu vim Saudade daqui, saudade de ser, saudade de mim

credits

released November 14, 2016

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about

Varney Campos, Brazil

Em Fantasma, a Varney visitou a filosofia, a rispidez das guitarras, as melodias vocais  e instrumentais e explorou em todas as suas composições a língua portuguesa.
Baseados no trabalho de Fernando Pessoa, que escreveu o poema “Tabacaria” sob uma de suas personalidades (a de Álvaro de Campos), a Varney compôs 11 temas que sonorizam as ideias deste incrível poema.
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